segunda-feira, 2 de maio de 2016

4 coisas que aprendi viajando sozinha

Foram 10 dias pelo antigo continente, começando pela parada de um dia em Copenhagem (lonely Christmas), seguindo para a fascinante Berlim, passei também por Bruxelas, Genebra e (finalmente) Paris. Foi corrido, cansativo e sem igual. Depois de quatro meses que voltei, relembro e recomendo a qualquer pessoa: viaje sozinho, se joga! O que eu aprendi com essa breve experiência? Veja a seguir:


1. Se vira, menina!

Quando se está sozinha, em um país de língua diferentes e perdidinha, a única coisa que te cabe é: se virar. Dar seus pulos. Arranjar um jeito. Enrolar no francês, pedir informação, checar três vezes o endereço e por aí vai.


Cheguei em Paris no dia 1 de janeiro, feriado mundial, por volta das 19h e o endereço do hostel onde me hospedei ainda não estava no Google Maps (segundo o recepcionista por culpa da prefeitura). No posto de informações, só consegui descobrir qual era a estação de tram mais próxima. Aí a gênia pensou: Chegando lá peço informação a alguém. Mas quem? Nem o McDonalds estava aberto!
Caminhei até um Ibis e o recepcionista me deu uma direção (imprimiu mapa e tudo!); estava errada. Achei outro Ibis, outro mapa, outro recepcionista gentil, que finalmente acertou o endereço, mas até achar o endereço, peguei o metrô três vezes e já estava em cólicas de tantas bolhas nos pés e de não achar ninguém pra me ajudar. "Ah mas se perder em Paris é outra coisa", a-hãm, vai acreditando nisso. (Ao chegar no hostel, a cama que eu havia reservado estava "bagunçada" e o recepcionista teve que me alocar em um quarto muito maior E melhor. Acho que Deus viu meu sofrimento e se solidarizou com a situação).


 2. Você decide

Já viajei com família, amigos e com o namorado e sempre rola aquela enquete: "o que vamos fazer? qual a programação?" (e nunca há um consenso em que todos saiam plenamente felizes). Estando sozinha, eu sempre fazia meu roteirinho no dia anterior, listando locais que queria visitar, marcando no mapa pra ver o que era mais próximo e fazer uma rota inteligente e that's it. Se não der vontade de ir na hora, não vai; se quiser estender mais um pouco o passeio estende; se quiser mudar de rota, muda. Sem precisar informar ou questionar absolutamente ninguém.

Em Berlim, depois de algumas fotos no muro, eu fiquei meio "e agora, o que posso fazer?". Sentei num café, fiz um lanchinho leve e "olha, acho que vou no zoológico". "mas, pera deixa eu ver quanto é" "aff, 10 euros." "melhor aproveitar, no Brasil eu não iria em zoológico então vai logo".
(tive uma crise de culpa no Zoo mas valeu a visita)





3. Novos Amigos

Em hostels, sempre optei por quarto feminino e compartilhado (por motivos de: assisti o filme Albergue e tinha medinho de quarto misto, pronto falei) de quatro a oito camas. Quando se viaja sozinha, conhece-se pessoas que também estão viajando sozinhas e experiências são trocadas.

Em Berlim (no Generator Hostel), conheci a parisiense Ester e a brasileira Isabelle (#migasualoca). Em Bruxelas (no Train Hostel), conheci Magali e sua filha Anne-Sophie, também parisienses.
Não só conheci, como troquei contatos e voilà - ao chegar em Paris, Magali e Anne-Sophie me acompanharam o dia inteiro no meu passeio, tomamos até um café com Ester na Champs Elysées.






4. Você é a melhor companhia que pode querer

Natal sozinha, Réveillon sozinha, dez dias sem contato físico, sem abraço de ninguém. Dez dias sem uma boa "resenha". Pra uma cuca fraca, daria uma bad, uma depressão qualquer. E em algum momentos eu pensei "WTF estou fazendo aqui?"; mas no resto do tempo, eu estava observando as ruas, a arquitetura, a beleza da natureza, os barulhos urbanos, as crianças a ouvirem reclamação dos pais, um casal em lua de mel, observando a beleza da vida, a beleza de estar viva e estar em lugares que tanto sonhei em chegar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário