terça-feira, 3 de maio de 2016

Quando eu ouvi não acreditei

L'Horloge Fleurie 




"Cuidado com a sua bolsa"
(Recepcionista do hostel em Genebra, na Suíca)
"Mas eu sou brasileira, eu sempre tomo cuidado com a minha bolsa", eu respondi






"Essa cidade é muito suja, não gostei" (Uma pessoa que dividia quarto comigo em Bruxelas, na Bélgica)
"Miga, você tem que ir em FeiraCity pra ver o que é sujeira", pensei.

"Você quer que eu te acompanhe até lá?" (Um senhorzinho a quem pedi informações sobre como chegar ao hostel em Bruxelas, gastando todo meu francês)
"Muito gentil, vai que quer me sequestrar" (pensei) "Non, merci" (respondi)









"Chapéu legal"
(Um senhor no avião quando ia de Copenhagem a Berlim)
"Ai, obrigada, sei que sou descolada mesmo", pensei.











"Não gostei de Berlim, estava muito frio" (Uma colega de sala mexicana, que teve azar em sua passagem pela Berlim(da))
"Dei sorte, estavam 15ºC quando estive lá", respondi me achando a musa européia (só que não)




segunda-feira, 2 de maio de 2016

4 coisas que aprendi viajando sozinha

Foram 10 dias pelo antigo continente, começando pela parada de um dia em Copenhagem (lonely Christmas), seguindo para a fascinante Berlim, passei também por Bruxelas, Genebra e (finalmente) Paris. Foi corrido, cansativo e sem igual. Depois de quatro meses que voltei, relembro e recomendo a qualquer pessoa: viaje sozinho, se joga! O que eu aprendi com essa breve experiência? Veja a seguir:


1. Se vira, menina!

Quando se está sozinha, em um país de língua diferentes e perdidinha, a única coisa que te cabe é: se virar. Dar seus pulos. Arranjar um jeito. Enrolar no francês, pedir informação, checar três vezes o endereço e por aí vai.


Cheguei em Paris no dia 1 de janeiro, feriado mundial, por volta das 19h e o endereço do hostel onde me hospedei ainda não estava no Google Maps (segundo o recepcionista por culpa da prefeitura). No posto de informações, só consegui descobrir qual era a estação de tram mais próxima. Aí a gênia pensou: Chegando lá peço informação a alguém. Mas quem? Nem o McDonalds estava aberto!
Caminhei até um Ibis e o recepcionista me deu uma direção (imprimiu mapa e tudo!); estava errada. Achei outro Ibis, outro mapa, outro recepcionista gentil, que finalmente acertou o endereço, mas até achar o endereço, peguei o metrô três vezes e já estava em cólicas de tantas bolhas nos pés e de não achar ninguém pra me ajudar. "Ah mas se perder em Paris é outra coisa", a-hãm, vai acreditando nisso. (Ao chegar no hostel, a cama que eu havia reservado estava "bagunçada" e o recepcionista teve que me alocar em um quarto muito maior E melhor. Acho que Deus viu meu sofrimento e se solidarizou com a situação).


 2. Você decide

Já viajei com família, amigos e com o namorado e sempre rola aquela enquete: "o que vamos fazer? qual a programação?" (e nunca há um consenso em que todos saiam plenamente felizes). Estando sozinha, eu sempre fazia meu roteirinho no dia anterior, listando locais que queria visitar, marcando no mapa pra ver o que era mais próximo e fazer uma rota inteligente e that's it. Se não der vontade de ir na hora, não vai; se quiser estender mais um pouco o passeio estende; se quiser mudar de rota, muda. Sem precisar informar ou questionar absolutamente ninguém.

Em Berlim, depois de algumas fotos no muro, eu fiquei meio "e agora, o que posso fazer?". Sentei num café, fiz um lanchinho leve e "olha, acho que vou no zoológico". "mas, pera deixa eu ver quanto é" "aff, 10 euros." "melhor aproveitar, no Brasil eu não iria em zoológico então vai logo".
(tive uma crise de culpa no Zoo mas valeu a visita)




domingo, 24 de janeiro de 2016

5 Dicas para planejar uma viagem



Decidir num dia e viajar no outro é uma boa (efeito surpresa), mas um planejamento antecipado ajuda a evitar imprevistos e situações desagradáveis. Com a minha breve (brevíssima!) experiência, consegui elencar alguns "passos"  para organizar qualquer bate-volta like a boss.

1. Pergunte-se: Onde - quando - como  e por quê?

Como boa jornalista, perguntas de "lead" fazem parte do guia de qualquer coisa que planejo e não seria diferente ao viajar. Para onde quero ir? No meu caso, Londres, mas pode ser uma praia a 150km de distância, ou uma cidade no sul do Brasil e por aí vai.

Quando? No próximo final de semana ou no mês que vem? Ou daqui a seis meses? Eu comecei a planejar ($) a viagem para Londres com uns dois anos de antecedência e acho que a dica é: o tempo de planejamento deve ser proporcional à distância e ao período que você deseja permanecer.

Para alguns destinos, a pergunta "como" parece óbvia - avião né queridã. Mas é preciso pensar: vou viajar sozinha? Com namorado? Amigos?Irmão? Pais? Viajar em grupo ou em dupla sempre rende uma economia maior, então vale pesar isso também.

É importante pensar também o por quê da viagem. Apenas diversão (festas, shows etc)? Turismo cultural? Viagem a trabalho? Para estudar? Como fiquei por um mês, consegui fazer as quatro coisas e aproveitar ao máximo, mas quem tem apenas cinco dias, por exemplo, nem sempre consegue. Então, vamos eleger prioridades.

2. Defina o orçamento

Saber o quanto você pode gastar durante a permanência no local vai evitar surpresas no cartão de crédito no final do mês. Eu sempre faço um cálculo diário para estabelecer limites (ex: R$100) e ter uma folga. Caso no primeiro dia eu só gaste R$80, fico com um saldo comigo mesma para exceder no dia seguinte. Normalmente, esses "saldos" compro alguma lembrancinha para mim ou para alguém.

3. Escolha a hospedagem

Voltando àquela pergunta lá em cima (como?), é bom lembrar que a  hospedagem é definida por esse aspecto. Viajando sozinha eu fiquei em hostels (albergues / quarto compartilhado, em bom português) e fiz algumas amizades com as colegas de quarto - amizade que me rendeu uma companhia maravilhosa em Paris, por sinal.

Não vou negar que ficar na casa de algum parente ou amigo tem suas vantagens  - economiza-se aqui para gastar ali, lembre do saldo no orçamento. Por outro lado, pequenos "confortos" em hotéis facilitam tudo - roupa de cama e toalhas, por exemplo, ou mesmo o café da manhã que estará servidinho na hora que você levantar (vamos combinar que café da manhã em hotel é muito bom!).

4. Cheque rotas e meios de transporte

Parece bobagem, mas não saber qual linha de ônibus ou metrô pegar OU não saber qual o ticket correto para determinado meio de transporte pode virar um pesadelo quando não se fala a língua local muito bem (mesmo com o inglês para te salvar).


De carro ou transporte coletivo, sempre com o celular conectado no WiFi cheque as rotas e os meios de transporte que irá precisar para chegar no seu destino (Ex: aeroporto - hotel. aeroporto - casa de alguém. ou da sua cidade para a cidade onde está se dirigindo).



5. Defina as atividades antes de partir

Basta colocar o nome da cidade + o que fazer em no Google e uma série de sugestões irão aparecer. Faça uma lista por ordem de prioridades e (mais uma vez) cheque no mapa a distância entre um ponto e outro para poder definir a ordem das visitas e passeios.

Para alguns parques e museus, eu sugiro checar também as regras para entrada no local, horário de abertura e valor da entrada, caso não seja gratuito.

Decididas a duração, orçamento, hospedagem, atividades, rotas e tudo o mais, só falta arrumar as malas e #partiu. Mas sobre arrumar as malas escrevo logo mais (afinal foram 10 dias apenas com a bagagem de mão!)



Fotos: Castelo Rosenborg em Copenhague na Dinamarca