quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Um lugar de sonhos


Tão longe da Bahia, o Rio Grande do Sul (em alguns lugares) não tem cara de Brasil - o Brasil que eu conheço e vivi a vida inteira. É um outro Brasil. Praças floridas e cidades arborizadas foram as coisas que mais me encantaram. No último dia de viagem, fomos ao trio Nova Petrópolis, Gramado e Canela. É muita coisa para um dia só e muito não pude ver. Mas,pelo que vi, tenho certeza que quero voltar pra passar (pelo menos) uns 15 dias. 
A praça central de Nova Petrópolis (foto ao lado), cidade de colonização alemã, tem flores e mais flores e um labirinto verde, onde não ousei entrar. Comprei alfajores artesanais como lembranças para algumas pessoas queridas (claro que eu provei um e amei, quero mais). Na estrada, algumas igrejinhas luteranas, algumas vinícolas e uma arquitetura tão charmosa, tão charmosa que até o prédio da Igreja Universal conseguiu ficar bonito. É interessante o quão orgulhosos eles são da sua colonização e dos seus imigrantes desbravadores daquelas terras do Brasil que ninguém nem queria ouvir falar.


Depois de Nova Petrópolis, demos uma parada breve no pórtico de Gramado (aqui seria chamado de "portal da cidade") e fizemos as clássicas fotos "se fui pobre não lembro". Aproveitei uma banca com um típico gaúcho e comprei meu chapeuzinho ideal para ir para a Rússia por apenas R$10! Em todos os cantos custava entre 20 e 50. (voltamos pra Gramado depois, irei contar na ordem do tempo)


Ainda na estrada, paramos no Mirante Vale do Quilombo, onde as pessoas estão tentando fazer uma Paris fake na grade de proteção com cadeados e corações. 





Fomos, em seguida, direto para Canela, para visitar a Catedral de Pedra, a igreja matriz da cidade. A Catedral de Pedra é no estilo gótico, toda revestida de pedra basalto e é agraciada por belíssimos vitrais, pinturas e painéis. São mais de 65m de altura! Por algum motivo, nenhuma das fotos no interior da Igreja ficaram legais, mas, da frente, essa foi a melhor (apesar de estar sem foco):

Voltando a Gramado, paramos no Museu da Moda. Lógico,né, gente?! O grupo que viajava conosco também estava no Colóquio de Moda e nada mais justo do que parar no museu da moda; só não achei justo a entrada ser R$35,00.

Um grupo de mulheres (até a motorista era mulher!) não poderia ficar sem fazer umas comprinhas de chocolate e, para tanto, paramos na Caracol, O Reino do Chocolate. E a melhor imagem de lá são os meus familiares em forma de chocolate!!! 






Antes ainda de parar e aproveitar Gramado, fomos na fábrica Cristais de Gramado, onde acompanhamos toda a produção de um dos cristais artísticos. É a sociedade do espetáculo (e do turismo)! Mais comprinhas, pois além de vasos eles também produzem jóias e semi-jóias.



Por fim, chegamos a esse lugar de sonhos e onde tudo funciona pelo turismo. Há inúmeros museus, parques, passeios, rotas. Tudo para quem quer passear e sonhar. Infelizmente, fomos num passeio rápido, mas que deu pra conhecer muita coisa (!) e, sem dúvida, sair apaixonada. Fomos na Igreja de São Pedro (a última que visitei), na Rua Coberta (não vi nada demais, além dos bancos fofinhos dos cafés), na "calçada da fama", no lugar onde acontece o Festival de Cinema, e... Ai, quero voltar.

Confira abaixo todas as fotos, separadas por cidade visitada e com legendas didáticas.

Ajudai os peregrinos, São Pelegrino!

Diante da chuva e dos trovões, chegamos na Igreja de São Pelegrino. Se não fôssemos turistas, as pessoas poderiam até dizer que estávamos lá apenas para passar a chuva, mas no way. A igreja estava vazia na hora que chegamos, deu até pra colocar a câmera em um dos bancos e programar o timer pra tirar foto.
Como quase todos os outros pontos de Caxias, a Igreja também está ligada à devoção de imigrantes italianos ao Santo. Desde o teto, todas as paredes e a porta da igreja são repletas de arte. A vontade que dá é de deitar no chão pra ficar observando cada detalhe das pinturas do teto, principalmente a que destaca o Juízo Final - obras de Aldo Locatelli.
Alguns cliques:



Para ver +, clique em Mais informações*:

domingo, 21 de setembro de 2014

Uma Casa de história

A previsão do tempo indicava mais de 80% de possibilidade de chuva, mas a veia turística pulsava e, poxa, quando eu estarei de bobeira pelo Sul do Brasil de novo?! Perguntando de pessoa em pessoa, qual linha passava próximo, finalmente chegamos a Casa de Pedra. E o que é a Casa de Pedra? Uma casa feita de pedra, ora bolas! Mas não somente uma casa; já havia sido casa, açougue, curral e muitas coisas antes de ser adquirida pela prefeitura de Caxias do Sul em 1974 (graças ao centenário da imigração italiana) e se tornar um museu charmoso, frio e aconchegante. 

Com medo da chuva e com a própria chuva, acabei não fotografando muito a parte externa da casa, mas muito trouxe da parte de dentro. Dividida em 2 espaços no térreo e um outro no primeiro andar, a casa dispõe de uma espécie de salão (onde as pessoas são recebidas ao chegar) e uma cozinha-banheiro-tudo, pois teoricamente era assim que funcionava; e no primeiro andar um quarto coletivo. 

Algumas coisas históricas engraçadas: Toda a família tomava banho usando a mesma água e era o primeiro era o pai, chegando até o caçula (que deveria ficar bem imundo). As mesas tinham compartimentos para esconder a comida em caso de visitas indesejadas chegarem (eram tempos de muitas dificuldades). A Casa de Pedra levou 10 anos para ser construída e é feita totalmente de pedras assentadas e rejuntadas com barro (algo similar às nossas casas de taipa no sertão nordestino). Ter guarda-roupa era o$tentação! Crêem? Era sinal de casa própria; quem não tinha casa própria, usava os baus para transportar roupas e pertences. A maioria dos medicamentos que existiam eram para prisão de ventre (!!!), único mal realmente palpável que eles (imigrantes, possíveis primeiros moradores da casa) conheciam. Muitas pessoas morriam de câncer, pois as panelas eram feitas de chumbo, metal altamente cancerígeno.
Muita suposição e muita imaginação ajudam no passeio. Não é difícil fazer referências a novelas globais, cujos cenários e figurinos foram bem produzidos. Muitos dos objetos que compõem a ambiência da casa foram doados por pessoas da cidade (objetos herdados de família, a maioria)
Enquanto viajávamos pela história desse lugar, uma chuva torrencial começou lá fora e aproveitamos o Museu Ambiência para esperar a chuva diminuir (o que não aconteceu, então tomamos um banho). 
Em seguida, Igreja de São Pelegrino. Conto no próximo post! Confira as fotos da parte interna, com legendas explicativas:

Embaixo desses potes que supostamente serviriam para guardar mantimentos, tem uma espécie de pia, com uma encanação simples que levaria a água utilizada para o lado de fora. Ao lado, tem um forno que ficava pro lado de fora da casa também - o medo de incêndios era algo muito forte.
Ah! Além disso, as pessoas tomavam banho na cozinha pois era o cômodo mais quente da casa (vigilância sanitária pra quê?)

Essa é uma mesa de jantar (com as gavetas, como eu falei). Em cima dela,  formas retangulares para bolos e uma enorme e pesada máquina de fazer pão, que precisava de 4 pessoas para ser manuseada.

 Alguns equipamentos para o trabalho agrícola


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Segunda não tem Museu!

Morei na histórica Cachoeira por três anos e poucas vezes visitei os museus e espaços de exposição da região; nestas vezes, nunca me atentei para o dia da semana. Na segunda-feira (01/09), tínhamos um roteiro completo dos lugares que visitaríamos, but esquecemos um detalhe: museus não abrem nas segundas! Você já sabia disso? Pois, desculpem a vergonha... Não saberíamos até hoje se não fosse a simpática senhorinha que nos atendeu e nos explicou calmamente no Museu dos Ex-Combatentes das Forças Expedicionárias Brasileiras (FEB) na II Guerra Mundial. Numa visita aberta exclusivamente para nós, podemos observar uma parte da história de aproximadamente 130 homens que lutaram na Itália durante a II Guerra. Infelizmente, não dava pra fotografar, mas fiz um videozinho bem curto do meu celular (que ficou muito ruim de ver qualquer coisa, mas o que vale é a intenção).


Depois de informadas que segunda não é dia de museu, partimos para a praça Dante Alighieri, que representa o marco zero da cidade. Quanta flor e quanta cor! E olhe que estávamos no finalzinho do inverno... E tudo intacto (algo que não aconteceria na nossa Bahia)! Pessoas andando para lá e para cá, e alguns perdidos sentados, vendo a vida passar...













Aproveitando que Igreja, diferente de Museu, abre todos os dias, visitamos a Catedral de Caxias do Sul, dedicada a Santa Teresa (uma homenagem dos imigrantes a imperatriz Teresa Cristina, esposa de Dom Pedro II, nosso velho conhecido). Vitrais e beleza a parte, ficamos bem comportadas para não atrapalhar alguns beatos em oração.
Para tentar concluir o roteiro, fomos ao Parque dos Macaquinhos que foi bem mais esquisito que o Farroupilha, em Porto Alegre. Apenas um clique lá(abaixo):


Como precisávamos estar no longínquo Campus 8 às 14 horas, o passeio de segunda encerrou por ali, com um almoço no Croassonho (gente, to apaixonada pela fast/junk food desse lugar!) e a espera pelo bus "10º Colóquio de Moda// Campus 8", o ônibus mais fashion que já vi.

Para ver mais fotos, clique abaixo:











Como um dia de domingo

Antes de tudo e de qualquer coisa, já aviso: não sou "profissa". Fotografo por amor, por carinho e somente quando eu tenho disposição/inspiração (por isso não sou profissional). Dessa vez, o alvo dos cliques experimentais foi o casal de noivos de quem fui madrinha, Aline e Gel (se chamar de Josean ele morre). Numa tarde de domingo, no Parque da Lagoa na nossa querida Feira de Santana, partimos em busca de momentos de intimidade e sorrisos do casal. No começo estavam tímidos, mas após alguns gracejos conseguimos! Yes, we can, sr. Obama. Abaixo algumas fotos do ensaio:




  









quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pobre Rapunzel

Comecei a escrever esse texto 3x. Nunca consegui fio pra puxar esse pensamento. Escrever sobre o medo que não conhecia é um tanto desconfortável. Vivia a dizer que não tinha medo de altura - subi em árvore na infância, pulei muro, em prédios de muitos andares nem me incomodo, mas neste lugar foi diferente. Imagine só uma vista panorâmica de toda uma cidade? Imagine só uma torre telefônica sustentada a 109m do chão? Não é nada apavorante, é lindo, é livre. Mas a sensação de que o vento poderia derrubar a torre,ah, isso sim era apavorante. Descobri um medo que não tinha. Medo de altura. Que altura qualquer,não? Pois bem. Medo de estar livre pra ver tudo de tão alto e em todo o redor. Tão livre. Dá vontade de ficar correndo e apontando cada lugarzinho daquela cidade. Curitiba. Que saudades.  Que viagem. Que medo do medo que dá, Lenine.





"Inho, vamos embora?"








quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A obrigação

Chegamos a Caxias do Sul na tarde do sábado (31 de agosto) e a recepção calorosa começou pela temperatura: 20 graus e estávamos quase nos sentindo em casa. Passamos o resto do dia e a noite em stand by, afinal desde a saída de Salvador, na quinta-feira de madrugada, não tínhamos descansado efetivamente (eu sei que viagem não é pra descansar, mas o corpo exige!).
No domingo, bem cedinho, saímos com os pôsteres discretíssimos nas mãos até achar a rua certa do ponto de ônibus e pegar o ônibus errado. Gênias que somos, pegamos o ônibus para a UCS, cidade universitária e não para o Campus 8. Mas, como Deus protege as crianças e ajuda os inocentes, descemos do ônibus errado e quando íamos nos informar com uma desconhecida (???), o ônibus das VIP: "10º Colóquio de Moda" passou lindamente por nós, parecia que tínhamos combinado. Já embarcadas, passamos de novo (!!!) pelo ponto de onde saímos e somente às 9h45 chegamos ao nosso destino.
Pôsteres expostos, fotos aqui, fotos ali, vamos decidir nossa programação. Não vou me ater muito a essa parte, pois será escrito por Larissa pra o blog Trilhos da Moda.
O Campus 8 é tipo universidade + matas +gelo eterno.
Fotografias explicam melhor:


Eixo 4 - Comunicação 

Larissa Molina Alves, Renata Pitombo Cidreira e Naiara Moura Pinto



Eike frio!

Brazilian Soul zzzzzZZzzzZzzzzzz 

sábado, 6 de setembro de 2014

Hora de história

Sempre faço questão de visitar espaços culturais (principalmente os gratuitos!) dos lugares onde visito. Em Porto Alegre, fomos ao Santander Cultural (o prédio em si é puramente uma obra de arquitetura com seus vitrais e estrutura imponente), Museu de Arte do Rio Grande do Sul (o ar histórico tornou a visitação ainda mais interessante)e, lógico, ao Museu da Comunicação Hipólito José da Costa (um passeio pela história do rádio, tv e de revistas contando um pedaço da história do Brasil). Todos os três ficavam muito próximos, no centro histórico da cidade e,o melhor de tudo, entrada franca. A Praça da Alfândega (onde ficam os 2 primeiros que falei) é um charme. Na manhã de sábado, acontecia em pontos espalhados uma feira de artesanato e artes. Não resisti a uma mochila de couro (paguei 60,00 por ela, depois de muuuuita pechincha).
Descrever exposições é um pouco mais complicado, então... vamos às fotos?!

Santander Cultural









Museu de Arte do Rio Grande do Sul